quarta-feira, 25 de abril de 2012

Investimentos em publicidade na internet devem crescer 39% no Brasil e chegar a R$ 4,65 bi neste ano



Os investimentos em publicidade previstos para o marcado de internet devem crescer 39,1% no Brasil neste ano em relação ao ano passado e atingir um faturamento total de R$ 4,65 bilhões, segundo estimativa do IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau) divulgada nesta terça-feira (24).

O crescimento faz com que a internet se consolide como o segundo meio de comunicação mais importante para investimentos de publicidade - como já era previsto pelo IAB Brasil - com 13,7% de participação no "bolo" publicitário - no ano anterior chegou a 11%. A maior participação é da TV aberta, seguida pela internet, que já está à frente de meios tradicionais como jornal, revista, rádio e TV paga.

Fabio Coelho, presidente do IAB Brasil, diz que o País chegou a um nível em que a quantidade de internautas e a demanda por publicidade digital, especialmente na internet, permitem um crescimento bastante promissor no que se refere aos investimentos.

— No ano passado, o mercado digital cresceu um pouco mais do que as nossas estimativas, e com a atual força da internet no Brasil, isso deve se repetir. A internet continuará crescendo, numa velocidade quatro vezes mais rápida que o mercado total de publicidade.

De acordo com dados divulgados neste mês pelo Ibope Nielsen Online, o Brasil tem atualmente cerca de 80 milhões de internautas.

As estimativas do IAB são feitas a partir de pesquisas com agências de publicidade e anunciantes. Essas projeções levam em conta anúncios que são feitos em portais, por exemplo, bem como em serviços de busca.

O IAB Brasil é uma associação que tem como objetivo desenvolver o mercado de mídia interativa no Brasil. A entidade conta atualmente com 161 filiados, entre sites e portais, empresas de tecnologia, agências e desenvolvedoras web.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Publicidade direcionada na web conflita com privacidade do usuário



Se você "curte" alguma coisa no Facebook ou lê um jornal online, talvez uma dúzia de empresas estejam acumulando dados sobre seus gostos, hábitos e descobrindo se você é homem ou mulher, gay ou heterossexual, velho ou jovem.

Dados do usuário em redes sociais são usados para direcionar a melhor publicidade
Seus objetivos não são maléficos. Só querem fornecer ao consumidor exatamente aquilo que ele deseja - um tema permanente para as empresas. O dilema dessas companhias, agora que as autoridades regulatórias começam a contestar seu comportamento, é como atender aos consumidores e ao mesmo tempo satisfazer suas necessidades de informação quando os usuários preferem não ser incomodados.

Existem milhares de companhias de análise de dados de audiência, especialistas em posicionamento de conteúdo e publicidade, corretores de anúncios, bolsas de espaço publicitário e serviços semelhantes, que recolhem dados e vendem serviços para grandes marcas, a preços de até cinco mil euros por vez; as grandes marcas, de sua parte, utilizam os dados para adquirir publicidade em sites que seus potenciais clientes talvez frequentem.

Você só vai saber que essas empresas de coleta de dados estão operando se for leitor das letrinhas miúdas de contratos de serviço.

O New York Times revela nesse tipo de documento que emprega os serviços da WebTrends e Audience Science para interpretar os interesses de seus leitores, e o jornal britânico Guardian diz que paga a Criteo e QuantCast, entre outros, para fazer a mesma coisa.

Ocasionalmente um site consegue vender um anúncio a um hotel de luxo, por exemplo, três segundos depois de saber que uma pessoa que gosta de passar temporadas em spas está visitando o site. O site fatura quando seus visitantes clicam nesses anúncios. É o que sustenta boa parte dos sites.

"Sem publicidade direcionada, os sites não sobreviverão", disse Kimon Zorbas, do Internet Advertising Bureau, um grupo de lobby das companhias de publicidade online, em Bruxelas.

Mas agora as autoridades regulatórias querem deter esse tipo de prática. Estados Unidos e União Europeia afirmam querer que as pessoas tenham escolha entre permitir ou não coleta de dados, mas divergem sobre o grau de escolha oferecido aos usuários.

Os europeus, por exemplo, desejam que as companhias obtenham consentimento expresso para a coleta de dados, e os norte-americanos preferem que a iniciativa de permitir ou negar coleta de dados venha do consumidor.

Enquanto isso, as companhias que dependem da Web para uma parte significante de seu negócio ficam aguardando como serão as novas regras de privacidade.