quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Diretores de marketing não estão preparados para a era digital

Embora cientes de que está a "operar-se uma mudança fundamental e permanente na maneira de interagir com os clientes", os diretores de marketing das empresas não estarão preparados para lidar com a era digital.

A conclusão é de um estudo levado a cabo pelo Instituto IBM for Business Value, entre fevereiro e junho deste ano, cujos resultados foram divulgados hoje. No âmbito da análise foram entrevistados 1.734 responsáveis pelo marketing de empresas de 19 setores diferentes, em 64 países - incluindo Portugal.

De acordo com os dados do IBM Global Chief Marketing Officer 2011, embora 82% dos CMOs planeiem usar mais as plataformas sociais nos próximos três a cinco anos, apenas 26% estão realmente atentos a blogs, 42% seguem a opinião de terceiros e 48% estão ao corrente das opiniões dos consumidores.

Cinquenta e seis por cento dos marketers afirmaram encarar os meios sociais como um canal chave de angariação, "mas ainda lutam para obter conhecimento sobre os clientes através de dados não estruturados", acrescenta-se.

O advento dos media sociais "representa uma mudança permanente na natureza das relações com os clientes", afirma Carolyn Heller Baird, investigadora da IBM e responsável pelo estudo.

"Aproximadamente 90% de todas as informações que estão a ser criadas agora, em tempo real, tornar-se-ão dados não estruturados. Os CMOs que saibam aproveitar bem esta nova fonte de entendimento estarão numa forte posição para aumentar as receitas, reinventar o relacionamento com os clientes e criar um novo valor", defende a responsável.

Todos os dias os clientes partilham as suas experiências online, o que lhes dá maior influência sobre as marcas. Esta mudança no equilíbrio de poder das organizações para os clientes exige novas abordagens, ferramentas e competências. Embora conscientes da mudança, 50% dos CMOs acham que não estão preparados para gerir esta situação, revela a análise.

A Internet constitui uma forma de aumentar não só as receitas como o valor da marca e reinventar a relação entre empresas e consumidores, pelo que os profissionais recetivos a esta visão estarão melhor preparados para antecipar mudanças nos mercados e tecnologia, sustenta o relatório.

Os que o fazem, identificam a intimidade com o cliente como prioridade e reconhecem a importância da análise de dados em tempo real, como complemento dos métodos tradicionais. Ainda assim, 80% dos inquiridos, disse estar sobretudo focado em fontes tradicionais do século XX, como os estudos de mercado e benchmarking competitivos. Sessenta e oito por cento afirmam preferir analisar as campanhas de vendas para tomar decisões.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

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