sexta-feira, 15 de julho de 2011

5 mitos sobre redes sociais corporativas



É sempre interessante ver o progresso nas atitudes corporativas e na forma como os fornecedores respondem a essa atitude quando se trata de redes sociais empresariais. Após participar dos eventos Enterprise 2.0 Conference, da UBM TechWeb, nos últimos anos, além de cobrir redes sociais para empresas, desde o início, acompanhei muitas mudanças na forma como essas mídias são vistas e nos principais desafios na hora da adoção.

Parte do desafio é superar os mitos que vêm com a tecnologia. Esses mitos ou suposições surgem como motivos para as empresa não adotarem qualquer solução de rede social. No final das contas, não passam de desculpas. Na verdade, a maior parte das suposições que escuto de empresas está errada ou desatualizada – estiveram corretas um dia.

Então, quais são os principais mitos que cercam as redes sociais corporativas e sua adoção? Aqui está meu top 5:

1. A Geração Y entende, os mais velhos, não

Tenho certeza que você já ouviu esse comentário por aí diversas vezes, vindo de fornecedores de redes sociais, analistas e empresas pensando em adotar mídias sociais empresariais. Geralmente, acontece mais ou menos assim: ‘os jovens cresceram usando essas coisas, mas os mais velhos não compreendem e preferem manter e-mail e outros sistemas legados’.

Quando escuto isso, minha vontade é de perguntar: ‘você entrou no Facebook ultimamente?’. Eu dividi meus amigos em menos de 35 e mais de 35 anos e idade parece não importar na frequência com que eles usam a rede. Na verdade, alguns dos usuários mais assíduos e que aproveitam mais as funções do Facebook têm mais de 55 anos.

Eu não me preocuparia com usuários mais velhos ‘entendendo’ rede social. Dizem que existem evidências de que os mais jovens estão deixando o Facebook e outras redes sociais. Mas dizer que os mais jovens estão partindo para alguma coisa mais nova e mais legal e que não irão mais usar redes sociais corporativas também deve virar mito.

2. É como Facebook para sua empresa

Falando em Facebook, outro mito comum ou conceito equivocado é dizer que a rede social corporativa será como o Facebook, mas com um toque corporativo. É claro que existe alguma verdade nisso, já que muitas interfaces e funções são parecidas ou até declaradamente copiadas do Facebook. Mas são coisas completamente diferentes. Um vídeo de treinamento corporativo e The Hangout são vídeos de pessoas falando e fazendo coisas, mas ninguém vai dizer que são a mesma coisa.

Outro problema com as comparações com o Facebook é que pode levar a expectativas de uso irreais.

Sim, muita gente passa muito tempo no Facebook, vendo atualizações de amigos e postando suas próprias informações. Porém, se você espera esse nível de interação entre funcionários de sua empresa em sua rede social corporativa, com certeza, terá uma decepção.

As redes sociais corporativas são, simplesmente, o próximo passo em colaboração e comunicação corporativa e você deve esperar que ela seja usada da mesma forma. Usuários podem considerá-la ferramenta vital para manter contato com colegas, colaborar e saber o que se passa na empresa. Mas eles não vão usar da mesma forma como usam o Facebook.

3. Redes sociais corporativas precisam ser viciantes

Falando em sistemas que ocupam muito tempo do usuário, provavelmente, seu negócio já tem aplicativos e sistemas que os funcionários usam regularmente. Pode ser e-mail, intranet, Google Apps ou qualquer outro aplicativo corporativo ou interface. As chances são de que seus funcionários não irão abandonar essa interface para passar mais tempo na rede social da empresa.

Com sorte, eles não vão precisar. É verdade que até pouco tempo, muitos produtos ‘enterprise 2.0′ existiam como interface web separadas, mas muitos deles estão adotando métodos para facilitar a incorporação de suas interfaces e informações com outras ferramentas.

Dessa forma, usuários podem atualizar status, novos conteúdos e outras formas de comunicação pela rede social enquanto realizam o trabalho diário. A rede social não precisa ser viciante, mas precisa estar bem conectada.

4. Redes sociais não são seguras

Outra reclamação recorrente é que a empresa não pode adotar um desses sistemas porque eles não são seguros. A comunicação da empresa pode ser comprometida, arquivos sigilosos podem ser perdidos ou roubados e o cumprimento das regulamentações será impossível.

Todas essas preocupações são legítimas, mas não mais preocupantes do que para qualquer outro aplicativo corporativo, seja e-mail, gerenciamento de documentos ou CRM. A segurança de um produto depende do que ele oferece e de como a empresa o implanta, e não da categoria do produto em si.

Se olharmos para as ofertas de redes sociais corporativas atuais, veremos um bom conjunto básico de opções de segurança, como se encontra em qualquer produto corporativo. Incluindo login único, integração com diretórios e VPNs da empresa e a opção de rodar o produto dentro do firewall da companhia ou em modo SaaS.

Muitos produtos oferecem, também, controle mais refinado sobre comunicação e compartilhamento de arquivos que podem ajudar a rastrear como as informações são criadas e usadas, mas também garante que apenas pessoas autorizadas acessem as informações.

5. Os negócios não precisam de rede social corporativa

É verdade que nenhum negócio precisa de uma rede social, mas, provavelmente, é verdade, também, para 80% das tecnologias corporativas disponíveis hoje em dia. São poucos os produtos que as empresas realmente precisam. Mas isso não significa que as redes sociais corporativas não sejam úteis ou até essenciais para muitos negócios. Da mesma forma como as redes sociais públicas mudaram a forma como as pessoas se conectam e interagem, a rede social corporativa pode ter grande impacto na produtividade e colaboração do funcionário.

O conhecimento constante de tudo em que colegas e grupos trabalham, quais as questões-chave do dia na empresa e quem são os especialistas em certos assuntos pode ajudar e muito.

Mitos e suposições não vão definir o destino da rede social corporativa da sua empresa. No final, ter um bom plano de implantação e garantir que a rede seja desenhada para facilitar e agradar os usuários será um fator decisivo no sucesso de sua rede social e de sua empresa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário