quarta-feira, 27 de julho de 2011

PM 2.0: polícia entra nas redes sociais

PM 2.0. Fazendo uma livre analogia ao universo da web 2.0, cujas principais características são a interatividade conseguida com os blogs e a conectividade das redes sociais, é assim que poderíamos definir o perfil do facebook “Quarto Batalhão Bauru”. É por meio dele e de uma conta no twitter - que será lançada oficialmente nesta sexta-feira - que o 4.º Batalhão da Polícia Militar do Interior (4.º BPM-I) pretende ampliar o contato com a comunidade na Internet.

Com duas semanas desde que foi criado, o perfil do facebook, alimentado pelo próprio Batalhão, já possui 555 membros. Segundo o comandante do 4.º BPM-I, tenente-coronel Nelson Garcia Filho, é uma iniciativa de toda a Polícia Militar e que começa a ser implementada em Bauru.

“É algo que veio do Comando Geral da corporação. Fomos percebendo as primeiras experiências e vendo como isso está dando certo. Por meio da página do facebook, vimos que a polícia conseguia, além de se conectar com a comunidade, fazer toda sua parte institucional”, explica.

De acordo com Garcia, é uma forma de conversar com a própria tropa e outras unidades da PM. “É uma troca de experiências virtual. Iremos ‘alimentar’ com o que sai nos jornais, sugestões para a imprensa e outros fatos que possam ser vistos por quem está na região e, inclusive, fora dela”.

Atualmente, o perfil traz várias notícias publicadas recentemente na imprensa local e regional e ainda fatos internos da corporação. “Alguns ficaram receosos com o fato de estarmos expondo o batalhão. Porém, iremos fazer tudo com extremo cuidado. Todas as nossas publicações serão bem analisadas para não haver qualquer excesso na informação”, informa o comandante.

E essa demanda não retirará qualquer policial das ruas. É o que promete o tenente-coronel. “As equipes que já fazem a comunicação estão sendo treinadas para essa função. Não é algo que prejudicará nosso serviço. Pelo contrário: será um novo meio de comunicação”.



Twitter

Além do facebook, a PM irá inaugurar sua conta no twitter nesta sexta-feira, que será mantida pelo Centro de Operações da Polícia Militar (Copom). A ideia é também manter um canal de comunicação rápido e eficaz. “Quando surge uma ocorrência, queremos ir atualizando em tempo real. Isso vai ser muito importante para os órgãos de imprensa. Porém, assim como no facebook, faremos sem comprometer nada. Iremos postar com bastante cautela para não atrapalhar o nosso próprio trabalho”, promete Garcia

Em relação à participação da comunidade, o comandante sabe que, além de elogios - que já podem ser vistos no facebook -, aparecerão muitas críticas. “É esse o nosso objetivo. Ampliar o contato com a população. Tentaremos responder na medida do possível, porém, toda crítica será importante. Estamos preparados para recebê-las”.

Entretanto, essas novas redes sociais devem ser restritas somente ao nível do “diálogo”, uma vez que solicitações em emergências devem continuar sendo feitas pelo telefone. “A melhor maneira é o contato com o 190. Quem atende o telefone já está preparado para se conectar com a viatura e mandar para a ocorrência”, conclui o comandante do 4.º BPM-I, tenente-coronel Nelson Garcia Filho.



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Fakes


Um dos perigos das redes sociais são os chamados fakes: pessoas que “roubam” a identidade de celebridades - ou instituições - e passam a postar como se fossem elas. A Polícia Militar, entretanto, pede atenção dos internautas e afirma que vai se precaver para que isso não ocorra com os perfis recentes.

“O internauta terá diversos links para confirmar a autenticidade da nossa conta. Ele deve ficar atento. Nós também vamos fazer um monitoramento diário para evitar isso. Assim como fazemos uma varredura na imprensa, iremos fazer na Internet”, informa o tenente-coronel Nelson Garcia Filho.



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‘Torpedos’


Essa não é a primeira vez que a Polícia Militar se utiliza da tecnologia para se aproximar da população. Há algum tempo, pessoas já acionam policiais por meio das mensagens de celular, os populares “torpedos”.

O comandante Nelson Garcia Filho explica que essa é uma eficiente maneira de contato para quem possui os números de celulares dos policiais que patrulham suas áreas. “A comunidade deve pegar os números de celulares dos policiais que fazem o patrulhamento. Assim, eles podem acioná-los por meio do ‘torpedo’. É algo quejá ocorre. Nossa recomendação é que os policiais passem seus contatos para pessoas nos bairros”.

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