sexta-feira, 1 de julho de 2011

Os quatro erros que levaram o MySpace ao colapso


Falhas eram perceptíveis e mesmo assim não foram corrigidas. Saiba algumas e descubra como a empresa perdeu quinze vezes seu valor em seis anos.
A News Corp. finalmente desistiu do MySpace,vendendo-o à Specific Media, uma companhia de publicidade online.
O tráfego da rede social despencou nos últimos anos, por isso não chega a ser surpreendente a postura da empresa de Rupert Murdoch, que estava ansiosa para livrar-se do portal e seguir em frente. O valor de transação ficou entre 30 e 40 milhões de dólares, bem menor, portanto, do que os 580 milhões usados em 2005 para adquiri-lo pela primeira vez. Foi um longo caminho até o fundo do poço.
Mas o que levou a rede social mais popular de outrora ao retumbante fracasso em apenas seis anos? Separamos quatro erros que eles não corrigiram, apesar dos sucessivos alertas de que algo deveria ser feito.

Spam: você não pode ignorá-lo

Vandalismo, phishing, malware, e spam, obviamente, não foram os únicos problemas do MySpace – muito menos os principais – mas irritavam os usuários. Comentários irrelevantes e perfis fakes eram comuns, as páginas de bandas eram presas fáceis para hackers, e as de grupos eram vítimas constantes de vândalos da rede.
Por não ter conseguido bloquear essas pragas, a News Corp assistiu à sua rede social transformando-se, aos poucos, em um ambiente inóspito.
Mudanças e mais mudanças
Os responsáveis pelo Facebook sabem que os usuários odeiam quando o portal sofre um redesenho e, por isso, alteram pouco a interface da rede social – no máximo, fazem promovem modificações graduais. O MySpace, por outro lado, sempre que se via em apuros, revolucionava seu design. Se o Facebook, que conta com a fidelidade dos usuários, não é ousado nesse sentido, por que seu rival insistia em ser? Achava mesmo que tudo se resolveria ao tirar um ícone aqui para colocá-lo ali?
Navegar não é preciso
Por falar em nova interface, a última do MySpace era uma confusão. Em vez de enfatizar a conexão entre amigos, priorizou a busca por mídias, como músicas, vídeos e games. No entanto, os internautas não têm interesse em procurar conteúdo nas redes sociais, prefere que ele venha até eles.
Veja o Facebook e o Twitter, por exemplo. A vantagem é que as novidades e informações chegam naturalmente. Quando uma página é recomendada, uma notícia, compartilhada, uma música, curtida, o dado chega diretamente ao usuário sem qualquer esforço. A ideia de fazer do MySpace um centro onde novos virais seriam descobertos estava fadada a fracassar desde o começo.
Crianças
Crianças e jovens podem ser uma mina de ouro para a publicidade direcionada, mas não se pode depender deles, afinal, um dia eles crescem. O Facebook entendeu cedo isso e, lentamente, foi expandindo sua audiência a adultos, pessoas já no mercado de trabalho ou, mesmo, fora dele – o público da terceira idade é o que mais cresce.
O MySpace nunca deixou de ser um espaço freqüentado exclusivamente por jovens e, uma vez que eles ficaram adultos, a nova geração, em vez de seguir o mesmo caminho, foi direto para o Facebook.
(Jared Newman)

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