segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Usuários de redes sociais reclamam dos juros e dos impostos


Em apenas cinco dias monitorados pela Miti Inteligência, foram capturadas 10 mil interações sobre os temas.
Entre 13 e 17 de junho, a Miti Inteligência realizou um monitoramento inédito para avaliar como os usuários discutem economia nas redes sociais, principalmente com a determinação da taxa Selic de 12,5%, imposta pelo Copom em 2011. Com essa taxa, o Brasil se torna o país com os maiores juros reais do mundo. “Os usuários estão cada vez mais usando as redes sociais para discutir assuntos relevantes como economia e política. Nos cinco dias de estudo, foram capturadas 10 mil interações sobre as palavras-chave definidas, sendo que 20,4% delas falavam sobre juros”, comenta Elizangela Grigoletti, gerente de inteligência e marketing da Miti  Inteligência.
Apesar de cerca de 20% das interações capturadas usarem termos mais técnicos, como Copom, Selic, PIB e carga tributária – principalmente, devido à replicação de notícias –, os internautas usaram as redes para discutir questões mais presentes do seu dia a dia. “Menções a imposto, juros, economia e inflação representaram mais de 50% de todo o material capturado. Mas o termo mais citado (23%) foi 'precojusto', expressão usada para apoiar o movimento criado pelo vlogger Felipe Neto, a fim de reduzir os impostos sobre os produtos importados eletrônicos e de mídia”, aponta Elizangela.
Mais de 83% de todas as interações capturadas aconteceram no Facebook e Twitter (o restante é de blogs, fóruns, Youtube e sites de reclamação). A replicação de notícias foi responsável por mais de um quarto das menções ao tema (25,59%). Outro quarto das interações ficou por conta dos apoiadores do movimento Preço Justo (24,8%).
Avaliando a tonalidade das interações, encontramos uma quantidade significativa de menções positivas (32,18%), sendo que praticamente todas elas são de apoio à campanha Preço Justo. Quando consideradas apenas as citações positivas de outras palavras-chave, o número cai consideravelmente para 7%, quase três vezes menos que a quantidade de interações negativas capturadas no estudo (20,19%). “Ou seja, o usuário continua reclamando – e muito – da economia nas redes sociais, seja sobre juros, inflação, impostos, etc. Quase metade das interações foi neutra, principalmente pela replicação de notícias que, como apontado anteriormente, foi responsável por quase um quarto do material capturado no estudo”.

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