Organizadas em blogs e pelo Twitter, manifestações de rua têm
reunido milhares de cidadãos em várias cidades da Espanha.
As redes sociais têm
ajudado a mobilizar milhares de pessoas em diversas cidades da Espanha, em um
movimento conhecido inicialmente como “os indignados” e que recentemente ganhou
o nome de "15M". O movimento tem invadido as ruas – e as redes sociais,
sob hashtags como #democraciarealya e #nolesvotes.
Milhares de pessoas têm-se
mobilizado por toda a Espanha para reivindicar mudanças, principalmente no
nível político, em antecipação às eleições regionais e locais marcadas para
domingo (22/5). A praça Puerta Del Sol, em Madri, tornou-se o marco zero para
este protesto específico, e as redes sociais (lideradas pelo Twitter) mobilizam
centenas de cidadãos em vários tipos de protestos e manifestações.
Como ocorreu em outros
países, centenas de espanhóis têm tomado as ruas em protesto contra a situação
política, econômica e social existente no país. Sem um líder claro, este grupo
difuso e indefinido tem sido formado por milhares de pessoas para protestar
contra os políticos e pedir mudanças.
Lei Sinde
O movimento formou-se em torno da oposição à chamada Lei Sinde, que vai regulamentar os downloads de Internet na Espanha. A oposição das pessoas a essa regulamentação gerou a hashtag #nolesvotes, que convocava os cidadãos a não votar em partidos políticos que apoiam esta iniciativa: PSOE (no governo), PP (principal partido da oposição) e CiU (o partido catalão). Enrique Dans, professor do Instituto de Empresa e forte defensor do movimento, explicou a filosofia da iniciativa em seu blog.
O movimento formou-se em torno da oposição à chamada Lei Sinde, que vai regulamentar os downloads de Internet na Espanha. A oposição das pessoas a essa regulamentação gerou a hashtag #nolesvotes, que convocava os cidadãos a não votar em partidos políticos que apoiam esta iniciativa: PSOE (no governo), PP (principal partido da oposição) e CiU (o partido catalão). Enrique Dans, professor do Instituto de Empresa e forte defensor do movimento, explicou a filosofia da iniciativa em seu blog.
Esta iniciativa, aliada à
crise econômica espanhola (que já levou o Fundo Monetário Internacional e
outros órgãos a advertir sobre uma “geração perdida”), e o impacto de
manifestações semelhantes em outros países e nas redes sociais têm dado origem
aos protestos nas cidades espanholas.
A plataforma
DemocraciaRealYa (http://democraciarealya.es) convocou para uma manifestação em
várias cidades em 15 de maio. Em Madri, a reunião levou a confrontos com a
polícia, levou o grupo às primeiras páginas dos jornais locais e culminou com a
decisão de algumas dezenas de pessoas de acampar na praça Puerta del Sol como
forma de protesto.
A DemocraciaRealYa afirma
ser um movimento que é “apartidário, forjado no calor da Internet e das redes
sociais e que tem como único propósito promover uma discussão aberta entre
aqueles que desejam se envolver na preparação e na coordenação de ações
conjuntas.”
Na noite de segunda-feira
(16/5), a polícia tentou desmontar o acampamento que os “indignados” montaram
na praça Puerta del Sol. O YouTube estárepleto de vídeos da
ação policial e os usuários das redes sociais têm expressado sua oposição em
relação ao que tem ocorrido.
Desde então, centenas de
hashtags apareceram nas mensagens do Twitter, incluindo #spanishrevolution,
#acampadasol, #yeswecamp e #nonosvamos.
Embora Madri esteja
atraindo a maior parte da atenção, os acampamentos de protesto têm sido
organizados em outras cidades na Espanha. Muitos deles são retratados em blog.
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