quarta-feira, 25 de maio de 2011

Reino Unido proíbe “opinião paga” nas redes sociais


“Muitas vezes não temos ideia se nosso trabalho vai funcionar conforme o esperado. Não há como prever por ser algo totalmente intangível. Porém, acredito ser mais fácil trabalhar com grandes marcas, que já têm sua identidade. Com elas, podemos focar em um produto ou serviço específico, enquanto marcas menores precisam, antes de tudo, se apresentar e mostrar ao consumidor o que elas têm a oferecer”, pontuou o executivo.
Uma das características da The Viral Factory que referenda sua atuação é nunca comprar mídia. Com isso, o trabalho de disseminação do viral, o famoso "seeding", precisa ser reforçado por uma boa estratégia de divulgação "natural", contando com parceiros e levando cada caso para seu canal ideal de distribuição.

"Hoje as redes sociais se dividem praticamente em trabalho de relações públicas e virais, tratando-se de serviços para uma marca. Acabamos por fazer, muitas vezes, uma espécie de "RP casual", já que temos que saber com quem nos relacionar, quem acionar para espalhar uma nova informação e, principalmente, onde fazer isso, onde está a conversa. O principal é que não é preciso estar em todas as redes sociais ao mesmo tempo. Se você souber como e onde acender o pavio de uma ideia que tenha o potencial para ser viral, ela será compartilhada naturalmente em todas as plataformas possíveis", garante.

"Opinião paga"
Praxe para qualquer profissional que já teve de fazer mais de uma grande divulgação em blogs, Twitter ou Facebook, acaba sendo necessário cultivar certo relacionamento com pessoas influentes nas redes em que estão presentes.

A questão toca um ponto importante, que é novidade no Reino Unido, segundo Smith, e que no Brasil ainda não tem uma definição legal, mas já gera discussão ética sobre modelos aceitáveis e, acima de tudo, que gerem resultado.

“Ainda este ano, passou a ser proibido em nosso mercado pagar uma pessoa influente para falar bem de uma marca, um produto ou serviço nas redes sociais. Se um artista estiver sendo pago, ele pode dizer 'estou bebendo a cerveja X neste momento' em seu Twitter, mas não 'a cerveja X é a melhor do mundo'. Soa estranho, como se a pessoa não tivesse mais direito à opinião, mas passou a vigorar como lei no Reino Unido. Nós não pagamos ninguém para disseminar nosso trabalho, a não ser alguns blogs, mas não para falar da marca e para a geração de relatórios com resultados da divulgação. O trabalho é baseado principalmente em saber como mostrar a novidade para as pessoas certas de forma interessante", revelou o diretor da TVF. Se a moda pega por aqui, as redes sociais vão acabar perdendo o sentido para muitas personalidades.




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