Dados
oficiais do governo podem ter sido comprometidos com os recentes ataques
virtuais às páginas de órgãos da União esta semana, na avaliação do analista de
segurança da Arcon, empresa especializada em serviços de segurança da
informação, Luiz Improta. Para o especialista, hackers podem ter tido acesso a
bancos de dados oficiais, além de deixarem fora do ar os portais.
Esta
semana, dois diferentes grupos atacaram os portais da Presidência da República;
do Senado, do Ministério do Esporte, da Receita Federal, da Petrobras, e do
IBGE. O especialista em segurança admitiu que uma prática comum de ataque dos
hackers a portais na internet é redirecionar as páginas hackeadas para outro
domínio. Esta manhã, durante o ataque a página do IBGE, ainda fora do ar, o
instituto informou por meio de sua assessoria que o banco de informações da
entidade não foi afetado. "Pode ter sido isso que aconteceu hoje de manhã,
na página do IBGE, sem que isso tenha conduzido a acesso a informações de
dentro do IBGE. Mas não podemos ter certeza se eles realmente não conseguiram
entrar no banco de dados do instituto", disse.
Improta
considerou ainda que, entre portais ligados ao governo invadidos por hackers
esta semana, existem diferentes níveis de segurança, uns mais fortes do que os
outros. "Provavelmente, eles não conseguiram acessar os dados da Receita
Federal, por que eles têm mecanismo de fiscalização a acesso muito mais
rígido", completou.
Para
inibir novos ataques virtuais às páginas do governo, o analista defendeu
aprovação de leis mais rígidas contra crimes na área da informática, além de
uma varredura de vulnerabilidades nas estações usadas por pessoas que trabalham
em órgãos do governo. Na análise dele, o avanço das redes sociais na internet
colaborou para a sucessão de ataques virtuais às páginas do governo na web. Com
o advento das redes sociais, os hackers têm possibilidade de mapear perfis
sociais de pessoas que trabalham dentro de órgãos do governo. "O elo mais
fraco de tudo isso são as pessoas, e as redes sociais facilitam acesso a
elas", resumiu.
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