sexta-feira, 3 de junho de 2011

Web e redes sociais mudaram interação entre empresa e cliente



Na década de 90, o mundo voltou às atenções para a recém-lançada internet. Naquele momento, muitas oportunidades se abriram e até hoje esse cenário é realidade. De lá para cá, na visão de Clay Shirky, professor do Programa de Telecomunicações Interativas da Universidade de Nova York, a grande mudança causada pela web nas empresas foi de aproximação com os clientes e a facilidade de comunicação com o público. 

“Companhias estão percebendo que a internet não é apenas um banco de dados com informações de fornecedores, mas também um local de diálogo com clientes”, diz. 

No século XX, afirma Shirky, os negócios podiam interagir com o público, mas não havia um canal tão aberto quanto hoje para que a recíproca fosse verdadeira. “É uma mudança cultural”, afirma o considerado por alguns estudiosos o guru da internet em entrevista exclusiva concedida à COMPUTEROWORLD durante visita ao Brasil. 

As redes sociais, acredita, dão força a essa movimentação. “Elas modificaram a forma como as pessoas se comunicam e, consequentemente, transformaram os negócios.” Para ele, canais como Facebook, Twitter e LinkedIn permitem ao consumidor saber em tempo real qual caminho as companhias estão tomando.

Contribuiu ainda para formar esse quadro o fato de a internet poder ser acessada de qualquer lugar, a qualquer momento. Mobilidade é, aliás, uma das grandes ondas apontadas por Shirky no momento, assim como mobile banking, geolocalização, redes sociais e cloud computing. Ele, no entanto, hesita arriscar quais serão as próximas tendências da web. “Penso que não há um próximo passo. Cada país vive um momento diferente e os negócios acompanham esse ritmo”, aponta.

E o Brasil? Para ele, o País tem uma cultura aberta e, por isso, abraça mais possibilidades na rede, não só como participante, mas também como catalisador de oportunidades.

Telecomunicações nos megaeventos
Embora as organizações e o País tenham avançado em presença e força na internet, na opinião de Shirky, o Brasil não está preparado, em relação à telecomunicação, para receber a Copa do Mundo e as Olimpíadas que vão acontecer em 2014 e 2016, respectivamente.

“Não faço um julgamento sobre a infraestrutura do Brasil. Mas em ocasiões como essas, a população demanda muito serviços como telefonia móvel e, especialmente, internet. Por isso, a possibilidade de lentidão e indisponibilidade é grande caso não haja preparação”, explica.

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